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Coqueluche

AGENTE ETIOLÓGICO:  A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada pela bactéria Bordetella Pertussis

 

FAIXA ETÁRIA: Pode ocorrer em todas as faixas etárias, desde o nascimento.

 

TRANSMISSÃO:  A bactéria é transmitida de pessoa para pessoa por meio de gotículas de saliva expelidas ao tossir ou espirrar, como todas as demais bactérias e vírus respiratórios.

 

INCUBAÇÃO: O período de incubação da coqueluche, ou seja, o tempo que os sintomas começam a aparecer após o contato com a bactéria, é de, em média, 5 a 10 dias, mas pode variar de 4 a 21 dias.


QUADRO CLÍNICO:  

A coqueluche dura várias semanas e é dividida em 2 fases, com sintomas progressivos que passam a diminuir aos poucos, até a recuperação do paciente. Na fase inicial da doença, denominada estágio catarral, os sintomas podem ser bastante similares aos da gripe. A fase secundária é chamada de estágio paroxístico, quando a tosse seca piora e surgem outros sintomas. Entre os principais sintomas de coqueluche, podemos destacar:

  • Tosse, que acontece em acessos e de forma continuada;

  • Acessos de tosse, que podem fazer com que o paciente não consiga respirar entre uma tosse e outra;

  • Quando o paciente tenta respirar fundo, pode guinchar ou emitir sons que denotam dificuldade respiratória;

  • Coriza;

  • Febre;

  • Mal-estar;

  • Falta de ar;

  • Cansaço extremo;

  • Vômitos causados pelo esforço durante os acessos de tosse

  • Lábios e extremidades azulados por causa da falta de ar, e casos mais graves.

 

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Traqueobronquites, Bronquiolites, Adenoviroses, Laringites, Pneumonia, infecções por Clamidophila ou Mycoplasma


EXAMES LABORATORIAIS: O diagnóstico é feito pelo "Painel Molecular por PCR", um exame de cotonete nasal. As grandes redes hospitalares e de laboratórios realizam de forma rotineira. Muitas vezes fazemos exames de imagem, como Raio X dos seios da face e de tórax, a fim de afastar outras causas de tosse compulsiva.
 

TRATAMENTO: É feito 100% das vezes com antibióticos específicos, do grupo dos macrolídeos. Além da medicação específica para a tosse.


CONTATOS e TRATAMENTO PREVENTIVO:  A profilaxia da coqueluche em contactantes deve ser feita com antibióticos ou quimioprofilaxia, dependendo da situação (É considerada comunicante qualquer pessoa exposta a contato próximo e prolongado no período de até 21 dias antes do início dos sintomas da coqueluche e até 3 semanas após o início da fase paroxística)​

  • Crianças com menos de 1 ano, independentemente da vacinação 

  • Crianças entre 1 e 7 anos que não estejam vacinadas, com esquema vacinal desconhecido ou que tenham tomado menos de 4 doses da vacina Pentavalente ou DTP 

  • Pessoas com mais de 7 anos que tiveram contato íntimo e prolongado com um caso suspeito de coqueluche, se tiverem quaisquer fatores de risco de doença mais grave (doença pulmonar, imunodeficiências) 

  • Gestantes em qualquer idade gestacional 

 

COMPLICAÇÕES: São raras, desde que se siga o tratamento proposto. De qualquer forma, a tosse causada pela coqueluche pode durar até 10 semanas, mesmo com o tratamento completo com antibiótico.

PREVENÇÃO: Através da vacina DTPa, aplicada aos 2 - 4 - 6 - 16 meses, reforço com 5 anos e com 10 anos. Após isso, reforços por toda a vida, de 10 em 10 anos.

Gestantes devem receber a vacina em todas as gestações, a fim de proteger o bebê.

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