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Banco de Cordão Umbilical

Nos últimos anos tem sido realizadas inúmeras pesquisas a respeito do armazenamento e uso do sangue do cordão umbilical dos recém-nascidos, bem como já foram criados, no Brasil, Bancos de Cordão Umbilical.

O cordão umbilical contém "células precursoras hematopoiéticas" (aquelas que no adulto formam a medula óssea e são usadas nos transplantes de medula) e que, eventualmente, podem ser necessárias no futuro para um transplante (como o de medula). 

Ou seja, logo após o nascimento, ao se cortar o cordão umbilical, a criança tem suas células guardadas congeladas no caso de necessidade futura de se realizar um transplante de medula ou procedimentos semelhantes. Essa hipótese serviria para o caso de doenças como leucemias, linfomas, aplasias, tumores ósseos, deficiências imunológicas, anemia hereditárias. Este procedimento, chamado de auto-transplante ou transplante autólogo já é utilizado atualmente, porém não com as células de cordão umbilical e sim com a medula óssea do próprio indivíduo, já adulto.

O uso das células do sangue de cordão umbilical armazenadas ainda está em fase de pesquisas, investigação e estudos controlados. Ainda não há uma recomendação médica para a guarda do próprio cordão umbilical para um possível uso futuro. As chances de alguém necessitar suas próprias células tronco do cordão umbilical nos primeiros 20 anos de vida são de cerca de um para 20.000. E nos casos de leucemia, a doença aonde mais se necessita o transplante de medula, os melhores resultados são com células de OUTROS indivíduos.


BANCOS DE CORDÃO UMBILICAL PÚBLICOS E PRIVADOS

Além dos transplantes AUTÓLOGOS (uso no mesmo indivíduo), o armazenamento dos cordões umbilicais tem importância em transplantes ALOGÊNICOS, ou seja, a doação destas células para outra pessoa, como é feito nos dias de hoje, através dos Bancos de Medula. Um Banco de cordão umbilical público disponibiliza milhares de amostras de células hematopoiéticas para um eventual uso para qualquer pessoa que seja "compatível''. Até, eventualmente, o próprio doador.

Infelizmente não há, hoje em dia, um banco público de cordão umbilical que realize coletas para doação em maternidades privadas em larga escala, não sendo fácil a opção de doação do sangue de cordão umbilical.

De acordo com o REDOME - Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea, ligado ao INCA (Instituto Nacional do Câncer), órgão do governo que organiza as doações no Brasil:

"O Banco Privado tem legislação específica, de cunho comercial, com ônus para as famílias que desejam armazenar o sangue. Além disso, as indicações e aproveitamento do material são duvidosos, já que não existem publicações extensas sobre os resultados obtidos com uso de cordões armazenados em bancos privados. Armazenar o sangue do cordão em um banco privado é uma aposta num futuro que a ciência ainda não comprovou."

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